sábado, 31 de outubro de 2009
Mauricio de Almeida
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
O Circo
banhado pelo lábio ardido do vento,
enquanto alguns distintos palhaços,
varrem o resto dos seus pedaços.
Se a flor ainda estiver viva
que respire o resto de alento,
e que a vista não confunda
qualquer silêncio com assentimento.
Um dia o leão se cansa de rugir
e seus colegas cantam o mesmo tom.
Um dia a barba da mulher recusa-se a surgir
e os aplausos não emitem algum som.
Hora de recolher a lona por mãos feitas de sombra
apagar a chama no peito ardido do homem-bomba.
Pois no fim sobram sempre os mesmos palhaços
varrendo o resto dos meus pedaços.
Ricardo Bruch
De ponta cabeça no trapézio, 22 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Goethe e a criação
É preciso livrar-se do compromisso com o êxito para poder criar. O êxito, como objetivo, é castrador da criatividade e pode até significar concessão à mediocridade.
sábado, 17 de outubro de 2009
Árvore de Natal - Trecho
Árvore de Natal
Eu queria sussurrar no teu ouvido que essa cidade é uma árvore de natal gigante, que os semáforos são bolas que a enfeitam, que os postes de luz circundam seu corpo e reluzem pelos quatro cantos dos seus olhos. As pessoas, os carros, as almas em revelia são atavios pendurados nos enormes galhos de concreto. Almas aladas se dependuram no topo de arranha-céus ou se fincam na base, espreguiçados nas calçadas, mas não importa onde estão, todos, sem exceção, dançam sapateando pelas bordas do seu limite, se aventuram na boca do abismo, pulam das suas mãos para sua cabeça, pras suas entranhas, em busca algo que não se define nem se identifica.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
VISITEM!!! ROTEIRISTA BRASILEIRO FAZENDO ARTE EM L.A.
Não deixem de visitar que é bem legal.
A-Head é o título do blog.
Um abraço pra todo mundo.
André.
Blog A-Head
http://mtv.uol.com.br/ahead/blog/estreia-saiba-tudo-sobre-um-roteirista-que-tenta-vida-em-los-angeles
Recomendação
Interrompi meus estudos rumo à magistratura paulistana para honrar um dos meus maiores ídolos: "Chiquinho" Buarque de Holanda.
Está nas livrarias um livro chamado História das Canções: Chico Buarque de Wagner Homem.
O livro conta as histórias por trás das letras, com comentários do Chico e tiras de jornal da época. Bem bacana mesmo.
Está aí minha indicação.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Cocktail Party - Mario Quintana
Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca...
Minha alma assenta-se no cordão da calçada
E chora,
Olhando as poças barrentas que a chuva deixou.
Eu sigo adiante.
Misturo-me a vocês.
Acho vocês uns amores.
Na minha cara há um vasto sorriso pintado a vermelhão.
E trocamos brindes,
Acreditamos em tudo o que vem nos jornais.
Somos democratas e escravocratas.
Nossas almas? Sei lá!
Mas como são belos os filmes coloridos! (Ainda mais os de assuntos bíblicos...)
Desce o crepúsculo
E, quando a primeira estrelinha ia refletir-se em todas as poças d'água,
Acenderam-se de súbito os postes de iluminação!
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Bon Iver - Lump Sum
Rapaziada, dando uma olhada nos blogs que estão aqui do lado, achei o do escritor lusitano Carlos Vaz. Nunca imaginei que ia encontrar o que encontrei: Bon Iver. Certamente o nome desse rapaz não remete à nada logo, em tese, não se poderia dispensar apresentações, mas nesse caso irei contra as convenções.
Não vou apresentá-lo. O nome é Bon Iver e a música é Lump Sum. O resto é com vocês.
Divirtam-se
R.B.
Clarice Lispector
Este abaixo é da Clarice Lispector. Espero que gostem.
"Se um dia eu voltar a escrever ensaios, vou querer o que é o máximo. E o máximo deverá ser dito com a matemática perfeição da música, transposta para o profundo arrebatamento de um pensamento-sentimento. Não exatamente transposta, pois o processo é o mesmo, só que em música e nas palavras são usados instrumentos diferentes. Deve, tem que haver, um modo de se chegar a isso. Meus poemas são não-poéticos mas meus ensaios são longos poemas em prosa, onde exercito ao máximo a minha capacidade de pensar e intuir. Nós, os que escrevemos, temos na palavra humana, escrita ou falada, grande mistério que não quero desvendar com o meu raciocínio que é frio. Tenho que não indagar do mistério para não trair o milagre. Quem escreve ou pinta ou ensina ou dança ou faz cálculos em termos de matemática, faz milagre todos os dias. É uma grande aventura e exige muita coragem e devoção e muita humildade. Meu forte não é a humildade em viver. Mas ao escrever sou fatalmente humilde. Embora com limites. Pois do dia em que eu perder dentro de mim a minha própria importância — tudo estará perdido. Melhor seria a empáfia, e está mais perto da salvação quem pensa que é o centro do mundo, o que é um pensamento tolo, é claro. O que não se pode é deixar de amar a si próprio com algum despudor. Para manter minha força, que é tão grande e helpless como a de qualquer homem que tenha respeito pela força humana, para mantê-la não tenho o menor pudor, ao contrário de você. Ficaram em silêncio."
Elegia Urbana - Mario Quintana
Ontem eu devia ter postado esse aqui, mas não tive tempo, então segue, para que todo domingo ele seja lembrado:
ELEGIA URBANA - Mario Quintana
Radios. Tevês.
Goooooooooooooooooooolo!!!
(O domingo é um cachorro escondido debaixo da cama)
Boa Semanas para todos.
R.B.
sábado, 3 de outubro de 2009
Oposição
Rinpoche