O manto de luz deixa o picadeiro
banhado pelo lábio ardido do vento,
enquanto alguns distintos palhaços,
varrem o resto dos seus pedaços.
Se a flor ainda estiver viva
que respire o resto de alento,
e que a vista não confunda
qualquer silêncio com assentimento.
Um dia o leão se cansa de rugir
e seus colegas cantam o mesmo tom.
Um dia a barba da mulher recusa-se a surgir
e os aplausos não emitem algum som.
Hora de recolher a lona por mãos feitas de sombra
apagar a chama no peito ardido do homem-bomba.
Pois no fim sobram sempre os mesmos palhaços
varrendo o resto dos meus pedaços.
Ricardo Bruch
De ponta cabeça no trapézio, 22 de outubro de 2009
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