sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ai de mim!

Ai de mim!
Ai de mim!
O que poderia ter sido
E não sou.
Nada.
Nada.
Senão essa porta batida do coração
A janela do terceiro andar dos teus olhos.

Ai de mim!
A garganta fechada,
As visões sem direção,
As lágrimas desencontradas em nossas bocas,
O medo rondando nosso jardim.

Tudo o que queria,
E não sou.
As sombras na sala esperam o baralho,
Eu espero o corte
A dor e o sangue
Preso ao redor dos olhos
Da noite

Ai de mim!
Ai de mim!
Que danço no escuro
Que rio baixinho
Que perco a voz te chamando
Para sair de uma vez por todas
Dos meus sonhos
E cair nos meus braços

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