segunda-feira, 17 de maio de 2010

Nasce a noite mais quente do ano

A meia-noite inicia seu bordão atrás dos prédios que escondem o horizonte, todas as luzes estão apagadas, os lençóis são brancos. A meia-noite inicia seu bordão sob a minha cabeça molhada de suor. Nasce a noite mais quente do ano.
O arsênico borbulha na panela, as praças de névoa, o sino pede um refresco e não toca, por mais que se dependurem na sua corda e ele se mova pra lá e para cá não adianta, ele não toca.
Grupos permanecem em silêncio, as pessoas se afastaram, eu, infelizmente estou cansado e com sono demais para continuar. Autômato me deito com um livro na mão. Não há ninguém ao meu lado, não posso me cobrir, não posso continuar, boa-noite.

R.B.

Um comentário:

Bruna Mitrano disse...

Gostei do blogue, Ricardo.