Meu diário é um coração,
com páginas manchadas de café,
todo queimado
por bitucas de cigarro.
Suas linhas são tortas
pela pulsação e
a letra é corrida,
de forma.
Ela põe a mão
em cima da minha
Ele anota.
Ela me beija
com os lábios camuflados de batom
ele anota.
Ela se vira e some,
sem chorar uma lágrima,
ele anota.
Como seria bom
se ele não anotasse nada.
Não se preocupasse
com sujeito, tempo
e verbo.
Ele sabe,
pois ele me esinou que
O pretérito é
imperfeito.
O presente é
indicativo.
O futuro é
a espera.
Não se sabe de quem,
nem do que
mas espera.
Anota.
André Freitas
24-05-2009
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