domingo, 31 de maio de 2009

Bloqueio?

Engraçado, há semanas em que eu não consigo pensar em mais nada além de escrever. Escrevo no onibus, às vezes até literalmente - poemas nos bancos dos fundos são minha especialidade -, escrevo no trabalho, no corpo da minha mulher e em mim mesmo. As idéias se aproximam, eu me apresento, elas me presenteiam como um sorriso e ficamos amigos.
Sinto que ultimamente - isso talvez seja por conta do sakê em excesso - nada se aproxima de mim. Não sei se as idéias tem aversão a cheiro ou qualquer coisa do gênero.
Drummond escreveu um puta texto quando estava sem inspiração eu solto peidos com cheiro de pipoca. Cada um faz o que pode.

Amanhã vai ser outro dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

"escrevo no corpo da minha mulher", que nem o alemão de Budapeste haha

no Rio eu nunca encontrei nenhum poema em bancos de ônibus... mas é uma ótima ideia!

E, quanto ao telefone do farmacêutico, acho que eu, em mim, já tenho silêncio demais; quem precisa mesmo são os outros.